O BIGODE DO CIMITAN

"Saudade", no dicionário, é "recordação de pessoas distantes". É isso mesmo.

Bateu saudade de meu amigo Cimitan. Chamei MBF e FOG, toparam na hora, também estavam, Cimitan é prá lá de querido.

E fomos na Piacaba ontem.

"Piacaba" é seu refúgio catarinense, com direito a baleias nadando no mar defronte, enquanto ele barbea-se, pela manhã.

Logo na chegada, Cimitan relatou-nos, e o relato durou longos minutos, que está com um achacadiço portinariano, só podia ser nele, artista que é. Como já sabíamos, minha ex havia nos contado, bebemos quase uma garrafa de tinto ouvindo o minucioso relato. Mas valeu...

Depois discorreu sobre sua viagem ao sul, seu novo amigo taxista-escritor-bloggeiro, perguntei como estava o Bochecha, sem notícias a me dar, sobre o desaguar de sua lagoa, linda, ele só esqueceu de nos dizer que domingo a tardinha nossa viagem de volta iria demorar o triplo...

Florinda, mestre-cuca da Piacaba, preparou-nos belo almoço, começando com uma manga flambada, marca registrada do menu da casa.

Mas o que marcou mesmo nossa visita, além da simpatia, foi o novo bigode do Cimitan.

Vasto.

Emblemático.

O que falta-lhe em cima, compensou no moustache.
Resolvi imitá-lo, só imitá-lo, já que, nem de longe, terei um igual.