O General Junot era um dos homens de confiança de Napoleão, com ele combateu na Itália, Egito, Áustria, Rússia e Península Ibérica. Para nós, brasileiros, e em particular para os cariocas, Junot deixou rastros, como comandante das tropas napoleônicas ele invadiu Portugal em novembro de 1807, com um punhado de soldados fragilizados pelos rigores climáticos e topográficos da caminhada pelo norte da Espanha.
Apavorada, a família real portuguesa e sua corte, um vasto cordão de puxa-sacos, deram no pé e com a cobertura de navios ingleses, fugiram para o Brasil. Isso todos sabemos.
Agora, explico minha tese: nas minhas andanças por esse mundo sem porteiras, notei que o lisboeta tem uma maneira diferenciada de falar o português, diferente do restante do país. Eles chiam. Os érres e os ésses. Não sei porquê, avalio que deve haver influência árabe, que por lá ficaram mais de seis séculos.
A corte, toda vinda de Lisboa, chiando, invadiu o Rio de Janeiro em 1808. Eram seis mil portugueses bem aculturados, chegando numa cidade de cinquenta mil cariocas incultos e analfabetos, a metade escravos.
Vocês pode imaginar a forte influencia cultural que o Rio sentiu e os cariocas começaram também a chiar, aí está minha explicação para essa maneira gostosa e sensual dos cariocas falarem nosso idioma.
E Junot, prevendo tudo isso, ficou louco, louco mesmo: suicidou-se em 1813, jogando-se de uma janela...
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2 comentários:
Muito bom!
Vou leva-lo para o Varal, e para o Sociedade Anônima, onde deveria escrever de quando em quando!
Caríssimo, boa idéia !!!
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